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HC da Unicamp é 1º do SUS a ter equipamento que reduz em 70% tempo de cirurgias endovasculares

Por: G1 Campinas e Região em

Angiógrafo deve começar a ser usado no fim de agosto, diz hospital. Nova estrutura pode fazer unidade triplicar atendimentos aos pacientes com doenças arteriais no futuro.

O Hospital de Clínicas da Unicamp (HC) será o primeiro do Sistema Único de Saúde (SUS) a contar com um equipamento que reduz em 70% o tempo para a realização de cirurgias endovasculares e capaz de triplicar a quantidade de procedimentos atendidos pela equipe do local. Atualmente, segundo a unidade médica, somente sete instituições particulares contam com o recurso no país.

O aparelho é um angiógrafo que, de acordo com o HC, permitirá diagnóstico mais preciso nas avaliações e maior segurança aos pacientes com doenças arteriais. Ele foi montado em uma sala especial do centro cirúrgico, onde também há equipamento de ultrassonografia específico.

Ao todo, foram investidos quase R$ 3 milhões na suíte de intervenção hemodinâmica, por meio de recursos do Programa de Estruturação da Rede de Atenção Especializada, do Ministério da Saúde.

Deste total, R$ 2,1 milhões foram destinados ao equipamento, enquanto o restante de verba foi aplicada na reforma da sala de 80 m², sistema de ar-condicionado e um foco cirúrgico de LED. A entrega era prevista inicialmente para início do ano passado, mas foi adiada por causa das obras.

A expectativa é de que a estrutura comece a ser usada no fim de agosto, informou a assessoria do hospital. Antes disso, a equipe de profissionais receberá treinamento por 15 dias.

Como funciona?

Entre os recursos do angiógrafo modelo INFX-8000C, segundo o HC, estão um arco-cirúrgico que permite angulações complexas de forma rápida para a definição dos vasos nos procedimentos.

"Outro destaque [...] é a possibilidade de reconstrução em segundos, de imagens em 3D de alta qualidade sem precisar mover o paciente ou o aparelho de posição", diz texto da assessoria.

Com isso, a equipe médica consegue calcular de forma precisa as medidas como comprimento, diâmetro, proporção de estenose e ângulo de ramificação para elaborar simulações antes de decidir qual a intervenção mais adequada para auxiliar o paciente atendido.

As imagens são obtidas sem distorção, com alta qualidade de resolução e brilho uniforme. Como um dos diferenciais é a velocidade, o procedimento é menos invasivo e acelera o pós-operatório.

O equipamento possui ainda um sistema que fornece visualização em tempo real da taxa de distribuição da dose de radiação cumulativa na pele durante a utilização. "Esses dados são codificados por cores, que revelam um mapa humano detalhado através de um gráfico 3D. Isso permite aos médicos monitorar instantaneamente e minimizar a exposição do paciente."

Além disso, o angiógrafo incorpora um sistema variável de fluoroscopia - técnica usada para obter imagens em tempo real de raios-X, em movimento das estruturas internas de um paciente.

Estatísticas e ampliação

O HC realiza realiza média de 20 cirurgias vasculares por semana, entre elas, 60% endovasculares - portanto, 12. Com o novo equipamento, a quantidade pode ser elevada a 36, mas para isso o hospital precisará de mais recursos para custeio. Por enquanto, a média será mantida.

Entre os principais procedimentos feitos estão implante de válvula e endoprótese aórtica, revascularização de membros inferiores e operações com derivação dos troncos supraaorticos.

O Hospital da Unicamp é referência para 10 milhões de habitantes na região. Atualmente, há pacientes na fila de espera por cirurgias deste tipo, mas a quantidade não foi confirmada.

Confira essa matéria na intrega em http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/hc-da-unicamp-e-1-do-sus-a-ter-equipamento-que-reduz-em-70-tempo-de-cirurgias-endovasculares.ghtml